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Reflexão para a Sexta-feira Santa: A Glória da Cruz

Primeira Leitura: Isaías 52, 13 – 53, 12; Salmo Responsorial: Sl 31, 2.6.12-13.15-16.17.25;Segunda Leitura: Hb 4, 14-16; 5: 7-9; Versículo antes do Evangelho: Filipenses 2: 8-9; Evangelho: João 18: 1 – 19: 42

A Reflexão da Sexta-feira Santa é do Ir. Michael Odhiambo SJ, Colégio Jesuíta Ocer Campion, Uganda.

O profeta Isaías está a dar-nos uma antevisão dos acontecimentos anteriores às ocorrências da paixão de Cristo. Ele desperta a nossa consciência para dois acontecimentos que culminam na glória de Jesus Cristo. Proclama: “enquanto muitos ficavam atónitos diante dele, a sua aparência estava tão desfigurada, que ultrapassava a semelhança humana, e a sua forma, além da dos filhos dos homens”. Isto tem uma estreita ligação com os acontecimentos da transfiguração no evangelho de Lucas (9:28-36). Levando-nos a estes acontecimentos importantes, Jesus sobe a montanha com os seus discípulos para orar e é durante este momento que o seu rosto muda e as suas vestes brilham, e ouve-se uma voz reconfortante que diz: "Este é o meu amado, em quem pus todo o meu agrado". Um evento contrário com um caminho semelhante também é encontrado, quando Jesus é levado e pendurado na cruz depois de ser ridicularizado e despido. O seu rosto está cheio de sangue, escorrendo das feridas associadas à coroa de espinhos e das roupas que, a dada altura, foram lançadas à sorte.

Concentrando-me em Cristo, imagino a sensação de estar no ponto mais alto de consolação e a mudança que o coloca no ponto mais baixo de desolação. Olhando para as pessoas aos pés da cruz, que outrora cantaram Hossana Hossana, mudando o tom para o crucificar, crucifique-o. Que sensação de vazio! Um homem inocente perseguido pela justiça popular. Perseguido porque curou os doentes ao sábado, porque comeu e bebeu com os intocáveis, perseguido por desafiar um status quo opressivo e por não corresponder às expectativas das pessoas ou não alinhar com os seus preconceitos. Em tudo isto, Cristo suporta a dor em silêncio, sem se queixar e sem tentar defender-se. Ao contemplar Cristo na cruz, a sua atitude conquista o meu coração e sou movido a questionar: haverá maior amor do que este?

Poderíamos olhar para estas ocorrências e sentirmo-nos justificados em dizer que Cristo estava simplesmente a obedecer à vontade do Pai. Creio que é mais do que isso. Cristo ama a vontade do Pai e está comprometido com ela, custe o que custar. Quantas vezes desistimos do nosso compromisso com Cristo? Quantas vezes o rejeitamos por ações e palavras? Quantas vezes, por medo ou intimidação, abandonamos o que é um bem maior e recorremos às nossas intenções e desejos egoístas? Ao movermo-nos para caminhar com Cristo durante a sua paixão e, finalmente, a sua morte na cruz, pedimos a graça de O acompanharmos corajosamente e testemunharmos a fealdade dos nossos pecados que o filho do homem transporta consigo até à sua execução. Rezamos para que, ao contemplar o seu amor, não só sejamos movidos à conversão, mas também sejamos atraídos a refletir sobre a nossa resposta a esse amor.  

Amém.

Pe. Matambura Ismael, SJ

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