EMAIL US AT ajan@jesuits.africa
LIGUE AGORA (+254-20) 3884 528
DOE PARA NOSSAS CAUSAS

Reflexão para o Domingo de Ramos (13 de abril de 2025) - Semana Santa: O centro da nossa fé, da nossa existência e da nossa esperança cristã

Primeira Leitura: Isaías 50,4-7; Salmo Responsorial: Salmo 22,8-9.17-18a.19-20.23-24; Segunda Leitura: Filipenses 2,6-11;

Evangelho:   Lucas 22:14-23:56 ou Lucas 23:1-49

A reflexão do Domingo de Ramos é do Pe. RAZAFINANDRAINA Noël Marie Cyprien Médard SJ., Director, Centre Arrupe Madagascar (CA MDG).

Esta semana, inaugurada pela entrada solene de Nosso Senhor em Jerusalém, é a mais santa para todos nós, cristãos de todo o mundo. Preserva a própria essência da nossa fé, da nossa existência e da nossa esperança. O Evangelho segundo São Lucas, capítulo 19, versículos 28-40, abre a liturgia deste Domingo de Ramos.

Jesus atreve-se a entrar em Jerusalém publicamente sem se esconder, ao contrário dos dias anteriores: “Depois de os seus irmãos terem subido para a festa, então ele também subiu, não publicamente, mas em segredo.” (João 7:10). Jesus previu o que lhe aconteceria ao entrar em Jerusalém, especialmente tendo em conta a crescente tensão entre Ele e os líderes religiosos judeus nos últimos tempos. Procuraram eliminá-lo (João 7:1). Quantas vezes já tentaram matá-Lo, mas “A Sua hora ainda não tinha chegado”. Desta vez, porém, Ele encara o desafio de frente e mostra a Sua determinação em tomar o Seu destino nas Suas próprias mãos. Não tem planos para além dos do Pai: oferecer a Sua vida pela salvação do mundo — incluindo aqueles que O condenarão.

Para realizar a Sua entrada, Ele pede aos Seus discípulos que ajudem a encontrar um jumentinho. Ele usa as Suas relações para cumprir a vontade do Pai: relações com os Seus discípulos e com o Seu ambiente, simbolizadas pelo jumento. Embora Ele seja o Filho Todo-Poderoso de Deus, Ele escolhe trabalhar com outros. Esta abordagem deve também tornar-se parte do nosso próprio modo de vida cristão. Jesus ensina-nos que cumprir a vontade de Deus exige que valorizemos os outros e colaboremos com eles.

No Domingo de Ramos, lemos o Evangelho da Paixão de Cristo. O que se desenrola revela o paradoxo da vida: por um lado, há o ódio cego aos líderes judeus, demonstrado através da mentira, da manipulação, da violência e da morte; de outro, existe o amor infinito de Deus encarnado em Jesus, expresso através da Sua entrega total, da Sua fidelidade à Sua missão e da Sua confiança inabalável em Deus, Seu Pai. O Seu objetivo final — custe o que custar — é restaurar um vínculo eterno entre nós e o Deus Trino: a instituição da Eucaristia, o dom de si mesmo, o dom da vida.

A sentença de morte de Jesus provém da maldade humana. Quando o ódio e a inveja se enraízam nos nossos corações, a nossa capacidade de discernimento fica distorcida, tal como a dos líderes judeus e de Pilatos. Perdemos a objetividade do nosso julgamento e, ainda mais, a iluminação do Espírito de Deus. Jesus aceitou tudo isto porque a sua confiança no Pai e a sua esperança na vitória da vida sobre a morte lhe deram forças para suportar a sua paixão até ao fim. Pedimos-Lhe que nos dê a mesma força nas nossas lutas diárias contra a injustiça, a corrupção, a mentira, o egoísmo, o ódio e a violência.

Que esta Semana Santa fortaleça os nossos esforços e renove o nosso compromisso como verdadeiros Peregrinos da Esperança.

Amém.

Pe. Matambura Ismael, SJ

VIEW ALL POSTS

INSCRIÇÃO NA NEWSLETTER

Inscreva-se agora para receber atualizações por e-mail sobre os acontecimentos atuais na AJAN África.

pt_PTPortuguês