Apelo da Páscoa da AJAN – Parte 3
Imagine que não consegue pagar a renda, para não falar das despesas escolares dos seus filhos. Nem sequer tem dinheiro para comprar comida. Gostaria de poder trabalhar, mas não há simplesmente nenhuma possibilidade de o fazer.
Então encontra uma oportunidade de ouro: um curso de formação profissional; uma espécie de cooperativa, onde pode produzir e vender coisas em conjunto; um pequeno empréstimo para lançar a sua atividade, para que possa de facto começar o seu próprio negócio.
A sua vida é transformada… da mera luta pela sobrevivência, começa a poder desfrutar a sua vida, a tomar conta de si mesma e dos seus filhos e a planear o futuro com esperança. Patrícia, Peris e Beatriz sabem o que isto significa – já passaram por isto. E com desvantagens acrescidas: todas estas três mulheres são seropositivas e lutam para criar sozinhas os seus filhos em bairros muito pobres nos arredores de Nairobi, no Quénia.
Estas mulheres encontraram a oportunidade de que necessitavam em projetos apoiados pela Rede Jesuíta Africana contra a SIDA (AJAN), e graças ao fundo da UNESCO para o Quénia, nomeadamente o Uzima, em Kangemi, e o Espelho da Esperança, em Kibera.
“Comecei a trabalhar com contas há dois anos e adquiri muitas habilidades na arte de criar objetos com elas. Quando estes objetos são vendidos, posso pagar a renda do local onde vivo e deposito uma parte num grupo de autoajuda, onde posso pedir empréstimos, que me ajudam a pagar as despesas escolares dos meus dois filhos”, afirma Peris Muthoni. Peris faz parte do Uzima, um programa para pessoas com o HIV dirigido pela paróquia jesuíta de S. José Operário, em Kangemi.
Beatriz Kemuto tem uma história parecida para contar: “Louvo a Deus por me ter conduzido até ao Uzima, pois lá aprendi a fazer barras de sabão, que pensei que fossem produzidas nas fábricas. Dividimos as barras entre nós para as vendermos. Um dia, gostaria de abrir a minha própria oficina na minha aldeia natal e mostrar a outras pessoas como se fazem barras de sabão”.
E isso não é tudo: “Fui também ajudada a começar um negócio: vou girando, visitando pessoas nos seus locais de trabalho e casas, e vendo roupas. O negócio está a correr bem, e estou à procura de um local onde guardar as minhas mercadorias. O lucro tem-me permitido poupar, comprar comida, pagar a renda e as propinas da escola”.
Ter o seu próprio pequeno negócio é também o sonho de Peris: “Se o Uzima pudesse ajudar-me a comprar contas para o meu próprio negócio, ficaria muito grata”.
Em Kianda, que faz parte do bairro de lata de Kibera, Patrícia Waeni, uma mulher de 50 anos, tinha de se esforçar muito para poder sobreviver, antes de passar a fazer parte do Espelho da Esperança, uma organização de base comunitária. Esta viúva com cinco filhos e oito netos foi diagnosticada com o HIV em 2002, e tem vindo desde então a dar o seu melhor por viver positivamente.
Com o Espelho da Esperança, Patrícia aprendeu novas habilidades, como a fazer sabão e contas, e a tecer cestos. Ela relata: “Durante muito tempo, admirei os cestos feitos de papel de politeno, mas nunca imaginei que seria capaz não só de os fazer, mas também de os vender”.
Os proventos do seu trabalho permitiram a Patrícia mudar o seu estilo de vida para melhor. Ela consegue ter agora três refeições por dia, e refeições equilibradas. Ela tem vindo também a pagar prontamente a sua renda de casa – algo que era antes um enorme desafio.
O que é mais, Patrícia tem conseguido ajudar a manter os seus netos na escola. Conseguiu até poupar algum dinheiro e sonha abrir a sua própria mercearia.
“As nossas beneficiárias estão realmente interessadas nas atividades geradoras de rendimentos porque elas são fortes, vivem positivamente e estão determinadas a ser autossuficientes”, diz Elizabeth, a assistente social do Uzima.
Tudo o que as mulheres precisam é de um pouco mais de ajuda para poderem seguir em frente, especialmente para comprarem as matérias-primas para os seus produtos, e talvez mesmo para arrancarem com os seus pequenos negócios. No total, o Uzima e o Espelho da Esperança apoiam 50 mulheres nas suas atividades geradoras de rendimentos – pode associar-se aos seus esforços comprando alguns dos utensílios e materiais necessários para fazer:
15 cestos de politeno |
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Agulha de croché |
2 euro |
Politeno |
60 euro |
Forro |
11 euro |
Fechos |
4 euro |
25 colares de contas |
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Fio para as contas |
9 euro |
Agulhas |
10 euro |
Contas de argila |
53 euro |
Contas de Giriama |
27 euro |
Outras contas |
22 euro |
20 bolsas de contas |
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Pano interior |
13 euro |
Contas para bolsa |
36 euro |
Fio de pesca & linha |
10 euro |
Decida simplesmente quanto gostaria de contribuir e indique, ao fazer o seu donativo, que pretende ajudar a produzir o belo artesanato feito com amor em Kangemi e Kibera.
Para contribuir online, por favor clique aqui.
Para contribuir por cheque, envie-o por favor para African Jesuit AIDS Network, P.O. Box 571, Sarit 00606 Nairobi, Quénia.
Para contribuir via transferência bancária em euros, use por favor os seguintes detalhes:
Nome da conta: | AFRICAN JESUIT AIDS NETWORK |
Número da conta: | 659 189 0039 |
Banco: | Commercial Bank of Africa Ltd |
Morada: | Mara & Ragati Roads, Upperhill P.O. Box 30437 G.P.O 00100 Nairobi, KENYA |
Bank Code: | 07000 |
Swift Code: | CBAFKENX |
Para contribuir via transferência bancária em dólares, use por favor os seguintes detalhes:
Nome da conta: | AFRICAN JESUIT AIDS NETWORK |
Número da conta: | 659 189 0023 |
Banco: | Commercial Bank of Africa Ltd |
Morada: | Mara & Ragati Roads, Upperhill P.O. Box 30437 G.P.O 00100 Nairobi, KENYA |
Bank Code: | 07000 |
Swift Code: | CBAFKENX |