Para assinalar o Dia Mundial de Luta contra a AIDS, em 1º de dezembro de 2025, o Centro Católico Universitário (CCU), na República Centro-Africana (CAR), reuniu todos os educadores pares para uma atividade impactante de sensibilização. O objetivo deste encontro foi aumentar a consciência coletiva sobre a realidade contínua do HIV e da AIDS e fortalecer a responsabilidade individual e comunitária na prevenção.

O dia começou com a formação de pequenos grupos de partilha, um momento essencial que chamámos de “oficinas de testemunho”. Cada grupo ofereceu um espaço de expressão livre, onde os participantes puderam falar sobre entes queridos perdidos para a doença, pessoas vivendo com HIV no seu círculo, e até sobre seus próprios medos, questões e compromissos. Essas experiências compartilhadas revelaram uma humanidade profunda e uma solidariedade tocante: vários jovens expressaram como essas realidades os afetam pessoalmente e influenciam sua percepção da doença. Em seguida, os diferentes grupos discutiram o tema: “Superando Disrupções, Transformando a Resposta ao HIV/AIDS”. Este tema, escolhido pela UNAIDS, forneceu ferramentas para a prevenção do HIV.

Para além de partilhar relatos pessoais, os educadores pares apresentaram propostas para intensificar a luta contra o HIV e a AIDS, nomeadamente: reforçar campanhas de sensibilização na cidade, encorajar o teste voluntário, promover acesso equitativo aos cuidados, incentivar comportamentos responsáveis e combater o estigma. Todos enfatizaram a necessidade de criar mais espaços educativos onde os jovens possam falar livremente, sem medo ou julgamento.

Após as oficinas, todos os participantes reuniram-se para uma conferência e discussão sobre segurança alimentar, como um dos fatores que agravam a situação dos afetados. De facto, a insegurança alimentar enfraquece as pessoas vivendo com HIV e AIDS, pois a desnutrição compromete o seu sistema imunológico e reduz a eficácia dos tratamentos. Além disso, o HIV pode por si só agravar a insegurança alimentar, reduzindo a capacidade das famílias de trabalhar, produzir ou gerar renda, criando assim um ciclo de vulnerabilidade. As discussões aumentaram a conscientização e fomentaram um desejo renovado de participar ativamente na luta contra o HIV e a AIDS.

Este dia foi um momento de escuta, partilha, sensibilização e oração. Serviu como um lembrete de que a luta contra o HIV/AIDS não depende apenas das estruturas médicas, mas também de uma responsabilidade compartilhada.

Por, Fr. Anthony IYOKO S.J.

O Coordenador CIEE/CCU, CAR

&

Sr. Evince PENDABERY,

O Assistente CIEE/CCU, CAR