Por Fernando C. Saldivar, S.J.

Chegamos. Aqui estamos no limiar da Semana Santa. A nossa viagem pela Quaresma está quase completa. Estamos aqui, no Domingo de Palma, às portas de Jerusalém com Jesus. Apesar de todos conhecermos a história, o que comemoramos nos próximos dias, Deus tem estado à espera deste momento em particular, neste lugar em particular, para caminhar a Paixão com todos nós. Porque muitas vezes, particularmente depois da nossa segunda Quaresma da pandemia global COVID-19, precisamos de um lembrete de que o que celebramos não é apenas o que Jesus fez há dois mil anos, mas o que Jesus está a fazer hoje. Precisamos de um lembrete de Emmanuel – que Deus está connosco – de que Deus está intimamente envolvido no desenrolar das nossas vidas e na respiração do seu espírito nas nossas comunidades.

Precisamos da graça para confiar em Deus, e mesmo quando somos confrontados com os assustadores, os tristes, os fardos que parecem mais do que podemos suportar, é precisamente nesse momento que Jesus agarra a nossa mão mais apertada para nos puxar.

Com isso em mente, ajuda lembrar que a palavra "compaixão" significa "sofrer com", partilhar a paixão de alguém. Sim, partilhamos a paixão e o sofrimento de Jesus, mas ele partilha muito da nossa paixão individual, do nosso próprio sofrimento. Este Deus que tanto amou o mundo que quem quer que acredite nele, não pereça mas terá vida eterna é também Deus que nos ama tanto que vem até nós como um de nós, para sentir a dor como nós, chorar como nós, para sentir a perda, o medo e a angústia como nós. Deus que nos ajuda a carregar as cruzes nas nossas vidas, sabendo em primeira mão como se sentem muito pesados nas mãos humanas.

We have not been left orphans during the pandemic. God remains right here in the midst of our suffering, sharing the passion our entire world has been walking for more than a year. With vaccines on the way and ability to see a glimmer of what the world after COVID will look like, perhaps our long global Lent, the time of the pandemic, is finally at an end. Yet, the message of Palm Sunday is not to wait for terrible things to happen, for the joy of the moment to end, but to hope and trust in the Lord. We may not be able to clearly make out what the coming days hold, how we are going to get from point A to point B in our lives, but we know that we are God’s beloved and if we are still enough can hear him say, “All will be well.”

Writer is Global Policy and Advocacy Officer for Jesuit Justice and Ecology Network Africa (JENA). É um jesuíta da Califórnia, EUA.