Em 19 de setembro de 2025, o Jesuit Urumuri Centre (JUC) sediou uma reunião em suas instalações com 29 diretores de escolas secundárias para discutir o Programa de conservação ambiental e alimentação escolar.

Lançado em 2022 como fase piloto, o JUC, em colaboração com 14 escolas parceiras, plantou árvores frutíferas nas fazendas escolares com dois objetivos principais. O projeto responde ao apelo do Papa Francisco em sua encíclica Laudato Si’ para cuidar da nossa casa comum e também pretende apoiar o programa governamental de alimentação escolar.

A fase piloto já deu frutos — literal e figurativamente. As escolas agora estão colhendo mamão, laranjas, maracujá e abacates, que são adicionados às refeições dos alunos. Animado com esse sucesso, o JUC identificou mais 29 escolas para aderirem à iniciativa e expandirem o plantio de árvores frutíferas em suas fazendas.

No seu discurso de boas-vindas, o Diretor do JUC, Pe. Patrice Ndayisenga, SJ, partilhou a história de como este projeto foi concebido. Em 2018, durante uma visita escolar, ele soube que alguns alunos dependem quase inteiramente das refeições que recebem na escola, pois muitas vezes ficam sem comida em casa. Ele recordou o caso de um aluno que voltou de um fim de semana sem comer; quando a comida foi servida na escola, o estômago dele não conseguiu suportar e ele foi hospitalizado. “Pode-se imaginar, o pai de uma criança dessas, que não consegue sequer alimentar o filho em casa, pode não ter condições de pagar as taxas exigidas para que o seu filho seja incluído no programa de alimentação escolar”, explicou o Pe. Patrice.

Este encontro comovente despertou nele um forte desejo de contribuir para o programa de alimentação escolar de todas as formas possíveis.

Durante esta segunda fase do projeto, o JUC destinou de 50 a 100 árvores de fruto a cada escola, para serem plantadas nas suas fazendas. Uma vez que as árvores amadureçam e os frutos sejam colhidos, os estudantes receberão fruta como parte das suas refeições diárias. O JUC também espera que o excedente de frutos seja vendido nos mercados locais, com os rendimentos direcionados para cobrir as taxas de alimentação escolar das crianças vulneráveis.

O Padre Patrice concluiu as suas palavras apelando à colaboração dos diretores de escola, particularmente no cuidado e na proteção das árvores: “O JUC está comprometido em fornecer apoio educativo, disponibilizar árvores de fruto para plantação e realizar visitas regulares para se reunir com os clubes ambientais e acompanhar o progresso das árvores”, disse. Em seguida, apelou aos diretores para que assumam a propriedade do projeto: “As árvores que forneceremos beneficiarão os vossos estudantes a longo prazo e nos próximos anos. Peço-vos que façam tudo o que for necessário para as proteger, para que possamos alcançar o nosso objetivo.”

Avançando, os diretores devem selecionar dois facilitadores locais para cada escola, que serão convidados para um workshop nas instalações do JUC e depois irão implementar o projeto nas escolas.

Enraizado no espírito da Laudato Si’, o JUC lidera a missão da AJAN de formar uma geração africana cuidadosa e compassiva, cheia de esperança e comprometida em salvaguardar a nossa casa comum. Ao combinar a conservação ambiental com a alimentação escolar, o projeto não apenas restaura a criação, mas também incute nos jovens valores de solidariedade, responsabilidade e esperança, capacitando-os a proteger tanto os seus colegas como o planeta.

Para mais informações, visite o site da JUC: https://www.juc-rwb.org/fruitful-partnerships-expanding-jucs-environment-conservation-and-school-feeding-project/

Por, Henriette Mushimiyimana,