Teve início a 25 de maio de 2019, no CREC, uma Formação de Formadores do AHAPPY. A formação, com o seu encerramento previsto para 1 de junho de 2019, começou com uma introdução geral acerca da AJAN pelo P. Elphège Quenum, o diretor da organização. As razões para a existência da AJAN foram reveladas aos participantes como forma de lançar as bases para a formação do AHAPPY que se seguiria. Os participantes exprimiram então as suas expectativas em relação à formação.
Ao longo dos seis dias, foram apresentados cinco módulos do AHAPPY, tendo em conta que a AJAN continua a procurar o desenvolvimento integral dos jovens, o fortalecimento das suas capacidades, o compromisso, a castidade, uma atitude cuidadosa para com a vida, um estilo de vida responsável entre os jovens, bem como a liderança e a excelência para os jovens em África.
No final da formação, os jovens manifestaram a sua gratidão e comprometeram-se a dedicar mais tempo ao aprofundamento e estudo do manual AHAPPY. Também prometeram disseminar esta importante informação para que ela possa ter um impacto positivo na sociedade. De facto, formaram com muito entusiasmo quatro grupos, a saber, os Brilhantes, Panta-Rhei, os Sábios e a Sabedoria, a serem usados como correias de transmissão do programa AHAPPY.
Nas palavras do diretor do Centre de Recherche, d’Etude et de Créativité – Centro de Pesquisa, de Estudo e de Criatividade, P. Claude Domfang SJ, o AHAPPY poderia prestar um grande serviço à comunidade se fosse amplamente adotado. Tem-se vindo a refletir quanto à introdução da educação sexual nas escolas secundárias e primárias, tendo o governo da Holanda proposto determinados conteúdos que o Benim poderia também adotar. Contudo, depois de ter participado num debate entre partes interessadas quanto à proposta holandesa, o P. Domfang sentiu que talvez não fosse aquilo de que a sociedade necessita para preparar os jovens para a vida.
Informação crucial
O Benim situa-se na África Ocidental, região em que há mais de 6,1 milhões de pessoas a viver com o HIV, 70.000 das quais neste país. De acordo com a ONUSIDA, o Benim regista anualmente 2.500 mortes relacionadas com o HIV e teve 4.000 novas infeções em 2017. Cerca de 48% dos infetados na África Ocidental só tiveram conhecimento da sua condição em 2017 e apenas cerca de 40% desse número seguem um tratamento.
De acordo com o AVERT 2018, a maior barreira para enfrentar o HIV no Benim consiste no estigma e na discriminação, o que foi confirmado pelos participantes nesta formação AHAPPY. No país, as pessoas não falam abertamente das questões relacionadas com o HIV e a SIDA, o que dificulta dar-lhes uma resposta.
Em baixo – Os participantes satisfeitos por receberem um certificado depois de terem completado com sucesso o curso
As gravidezes na adolescência tornaram-se infelizmente algo de habitual
Conforme testemunhou o diretor do CREC, P. Claude Domfang SJ, as gravidezes na adolescência estão a aumentar no Benim, algo que, infelizmente, é tido como normal pela sociedade, pelo que, como consequência, há meninas de idades tão jovens como dos 14 aos 17 anos a abandonarem a escola. Este é um dos maiores desafios enfrentados pelo Benim em relação ao HIV e à SIDA. Mesmo tendo em conta que o governo procura introduzir a educação sexual nas escolas, o sacerdote faz votos de que o programa AHAPPY possa ser amplamente adotado, pois julga que ele poderia ajudar a combater as gravidezes na adolescência.