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Inculcando confiança e autodisciplina para combater o HIV e a SIDA nos bairros degradados

As Irmãs da Misericórdia (Sisters of Mercy) têm magníficos projetos educativos orientados para o benefício dos jovens que vivem nos bairros degradados de Nairobi. Estes projetos incluem instituições como a Escola Primária de Sta. Catarina e a Escola Secundária de S. Miguel, na área Sul B de Nairobi. A primeira delas foi anfitriã de uma formação para jovens organizada pela AJAN de 12 a 16 de agosto de 2019.
Participaram 80 estudantes patrocinados pelas Irmãs da Misericórdia nos seus estudos secundários ou nos anos finais do ensino básico. Tal como acontece no programa AHAPPY, os jovens tinham idades compreendidas entre os 13 e os 21 anos; alguns deles participam ativamente em programas de reabilitação da dependência de drogas ou do crime. A formação foi solicitada pelas Irmãs da Misericórdia como parte das atividades de tutoria habitualmente planeadas para os jovens durante as férias escolares.
As Irmãs da Misericórdia dirigem programas educacionais para crianças que vivem nos bairros degradados de Makuru, Sul B, nos arredores de Nairobi. As escolas por elas criadas destinam-se propositadamente a responder às necessidades educativas das crianças dos referidos bairros degradados. Para nutrir a firmeza das suas convicções, o gabinete formativo das Irmãs da Misericórdia planeia atividades de tutoria durante as férias para todos os jovens que beneficiam das suas bolsas escolares, de acordo com a sua idade e nível escolar.
Nas férias de agosto, o gabinete formativo planeou um seminário de uma semana de duração para os beneficiários de idades entre os 13 e os 21 anos, de diversos níveis escolares; também para aqueles que seguem ainda um programa de reabilitação da vida nas ruas, com vista à sua reintegração na escola, desde o nível secundário até ao superior.
O programa de cinco dias compreendeu o visionamento e discussão de curtos vídeos, representações como “palavra falada”, teatros, apresentação de experiências de vida, poemas, debates de grupo e manifestações artísticas. Estas atividades permitiram-lhes exprimir os seus pontos de vista e talentos.
Um grupo convidado intitulado Angaza Mashinani, que na verdade é constituído por antigos alunos beneficiários das Irmãs da Misericórdia, divertiu os estudantes por meio de uma representação teatral que chamou a atenção para os perigos da violência sexual na comunidade daqueles bairros. Francis, o fundador do grupo, narrou a sua vida enquanto dependente de drogas, as lutas por que teve de passar, e serviu de inspiração para os estudantes, levando-os a perceber que, apesar de crescerem naquele tipo de bairros, podem levar uma vida de sucesso livre das drogas e do crime.
Reações dos participantes
Naomi: ‘sendo uma menina, sempre quis ser firme nos meus desejos. Dizer não deve ser mesmo não. A partir de setembro, ao voltar para a escola, tenho de me perceber melhor, não me envolver em atividades que façam perder o tempo. Quero permanecer fiel até ao casamento, não quero cair no uso de drogas, pois isso conduzir-me-á a uma atividade sexual precoce, uma vez que elas me tornam vulnerável. Os vídeos foram muito úteis porque expuseram o que está a suceder na comunidade e ajudaram-me a saber o que devo fazer’.
Christopher: ‘aprendi que as más companhias matam os nossos sonhos e que a transmissão das DST está também ligada ao consumo de drogas; apreciei muito ter recuperado a esperança que tinha perdido pelo facto de a pressão do grupo me ter acorrentado ao consumo de drogas’.
Boaz Odour: ‘evitem as drogas; seguindo as pessoas erradas, elas enganam-te. Para nós aqui, não arruínem os filhos de outros, pois são o seu futuro, cuidem deles, por favor’.
Austin Oyoo: ‘Para permanecer longe das drogas, tenho de estar empenhado em atividades úteis’.
Warren Ouma- ‘Estava com receio de vir a este seminário. Aprendi muitas coisas sobre a AJAN, o HIV, as drogas, a atividade sexual, o sexo antes do casamento; peço-vos a todos aqui presentes que partilhem com os vossos amigos lá fora, obrigado’.
David Okumu- ‘Eu tinha medo de falar, agora ganhei confiança. Estava dependente das drogas, tomava bang, changaa, e, além disso, roubava. Aprendi que devo procurar bons modelos de vida. É difícil encontrar uma mãe e um pai que nos estimulem a trabalhar com afinco, é fácil encontrar amantes velhos e ricos’.
Zephani Odumbe- ‘O seminário AHAPPY tem sido um programa muito benéfico não só para mim, mas para todos. Quero exortar-vos, a todos vós que aqui se encontram, para passarem a mensagem em casa, na escola e com outros. Cada um de nós tem de tomar a decisão de mudar’.
A Ir. Rosemary Macharia, responsável pelos projetos das Irmãs da Misericórdia, recordou aos jovens que a vida é um gráfico com períodos produtivos e improdutivos, uma vida que não é permanente, mas termina para cada ser humano. Assim sendo, suplicou que vivessem com cuidado e não perdessem o foco, para aproveitarem ao máximo a sua juventude. Encorajou os presentes a evitar as drogas.
Os formadores da sessão, Pascalia Sergon, John Fisher e Steve Arodi, foram unânimes em afirmar que tinham ficado muito impressionados com a vontade de aprender daqueles estudantes e o seu desejo de um futuro luminoso

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